quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Medo do Outro
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Quantos Beijos se deve dar numa mulher
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Se ao menos uma vezinha só, os motoristas se lembrassem de quando eram pedestres certos tipos de acidentes de carros não aconteceriam.
Será que as pessoas têm a memória tão fraca? Se a capacidade de armazenar informações no cérebro é imensa ao ponto de termos milhares de gavetinhas, localizadas em algum lugar do nosso subconsciente, com todas as coisas que vimos, sentimos, vivemos e fazemos. Temos potencial de uma dispensa gigante, mas vá lá saber o que tem lá dentro.
Não deveria ser assim, porque, se dentro daquela dispensa, tivesse ordem as lembranças fluiriam na nossa cabeça mais rápido, não é! E, assim os benditos dos motoristas recordariam como era quando eram pedestres, e não passariam o sinal vermelho deixando o pobre do gasta sapato lá plantado de baixo do sol -queimando neurônios e ampliando suas possibilidades de desenvolver câncer de pele- esperando a caridade de algum motorista que se lembre, “Ah, estou motorizado, com um capô me protegendo do sol vou chegar mais rápido que este pedestre , então posso deixar ele passar”
Mas nãooo! A memória não ajuda os pobres dos motoristas. O cérebro é mesmo uma coisa inútil. Além de não conseguir fazer as lembranças serem lembradas, não consegue nem raciocinar. Porque, vejam bem, aquelas pobres pessoas que por infortúnio do destino nunca chegaram a saber o que é ser um gasta sapato. Elas precisariam saber raciocinar para pensar que por estarem de carro vão mesmo chegar mais rápido, logo não precisariam furar os sinais vermelhos, não necessitariam buzinar para o pobre do pedestre que saiu correndo atrás do Mercedes Bens, porque além de gasta sapato, às vezes quase sempre, dependem dos Mercedes Bens para percorrerem distancias longas. E o cérebro inútil não pensa para seu dono. Então, ele com raiva esquece que mesmo o gasta sapato sendo um gasta sapato é da mesma espécie que ele, e acelera o carro para passar por cima daquele pedestre que o deixou enfurecido por tentar atravessar a rua.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
O Caçula
O Caçula é um cara muito engraçadinho. Tem tudo do bom e do melhor. É o mais bajulado. O Bebêzinho da mamãe. Mas, sabe porque? Porque seus pais tiveram o filho mais velho para bater, gritar e botar mais de castigo. Foram se aprimorando. Filho mais velho, da minha geração, pegou os pais muitos novinhos, inexperientes. Nós, filhos mais velhos fomos cobaias. E lá em casa não podia ser diferente. Eu, como filha mais velha, acompanhei todo este processo. Conhecimento de causa.
“Sabe qual é o meu sonho? Me aposentar. Se eu vou sair daqui de casa? Nunca. Vou viver com a mãe e o pai pra sempre.”, dizia isso o caçula lá de casa, com 17 anos de idade, sem nunca ter pego no pesado. É pra acabá com o piqui de Goiás. Ele ficou ensaiando passar num vestibular uns tempos. O que não deixou a mamãe muito feliz. Mas, fazê o que ele é o caçula. E, cê sabe, com caçula as coisas são diferentes. Ela só se estressava. Se fosse na minha época...Num quero nem pensar.
Mas, enfim, tudo foi consumado. O nosso caçula passou no vestibular. E ontem foi seu primeiro dia de não aula. Não aula porque é de praxe em faculdade pública o primeiro dia você não ter aula, gastar ansiedade à toa. Mas, ele, teve não só o primeiro dia, mas saiu de casa. Se bem, que saiu não é a palavra certa. Se pra mim foi um empurrão, para ele sair do lar doce lar foi um chute mesmo. Isso que eu to sendo sutil. Sei que meus pais traçoram toda uma estratégia, e tática chamada o “Plano X: Meu caçula vai sair de casa”. Com mensagens subliminares durante nossa amamentação e tudo mais...
Depois, doutrinando ainda na nossa infância da vontade de estudar fora (fora aqui, é lógico, é igual a morar só). Porque vocês sabem, isso não depende só de condições financeiras. Tem que estar inculcado, porque se nós (os filhos) fossemos pensar, pra que sair de casa? Cama, comida, roupa lavada e sem preocupações. Comigo, a mais velha, deu certinho a doutrinação, gosto, gosto mesmo de morar só, e da história a auto-sustentação. A outra já não deu tão certo, mas ela que invente de desistir, vai ver o que é bom pra tosse. E, agora foi-se o bebêim da família...
Eu estava quase propondo um bolão, para ver se o nosso caçula vai se comportar como a filha mais velha (eu), ou ia ser mais para o lado da minha irmã. Mas, sabe, isso nem importa muito. Importa mais que ele se de bem, e saiba viver esta fase de amadurecimento muito boa. Mas, ainda aposto mais em mim, afinal, de quem ele copiou a forma de desenhar árvores? Quem? Quem?!
Quando eu optei por sair de casa. Mudar de Estado. Foi por causa dos sonhos que tinha construído. E, que de uma forma ou de outra realizei. Mas, sabia que este meu sonho me custaria caro. Tinha que ir na estrada e olhar firme para frente, se ficasse olhando muito para trás vacilaria, iria querer voltar para a segurança da minha família. Mas, esse olhar firme para frente, me fez não ver coisas muito importantes. Tipo, o crescimento do meu irmãozinho, que já não é um tão inho assim... Não que estivesse ausente, mas não estive totalmente presente, quando ele mudou de voz, ou foi para primeira balada, mas estava aqui vendo meio à distancia, e torcendo muito por tudo.
Foi a distancia que vi ele se tornar este rapaz prestativo, paciente, competente. Às vezes meio preguiçoso. Mas, sempre meu irmão de caracóis na cabeça, que resolvia meus problemas com martelos, furadeiras, para as minhas invenções artísticas, em algumas até obrigava ele a participar, outras, ele gostava da idéia e aprimorava.
E, mais uma vez daqui, vendo de longe, mas vendo. Torço, Rezo, peço muito por você. Que esta fase seja de realização e construção de novos sonhos, porque uma vida adulta sem sonhos, não é pra gente criada lá em casa pelo papai e mamãe.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Por aqui mermo, Maninha!
Depois que sai de mala e cuia, e põe mala nisso, do Estado onde o vento faz a curva. Voltei, não com todas as cuias, mas voltei. E, nesse mês lindo que se encerra ainda esta semana, adquiri um motor mais turbinado, 2.3. Foi a quinta vez que completei anos de vida por essas bandas, que dependendo da perspectiva pode ser o fim ou começo do mundo.
Piadas infames a parte, na minha perspectiva, aqui foi e tá sendo o começo de um mundo chamado transição e fase adulta. (Vocês ouviram o grito? O grito de dor que eu dei? Afinal, ainda não sei se quero mesmo fazer parte desta fase, apesar das condições físico – biológica -financeiras conspirarem contra o meu não desejo). Mas, voltando a nossa conversa. O Acre é um cantinho aconchegante pra cacete (com perdão da palavra)! Não é a toa que rondonienses que passam meros 4 anos e pouquinho por aqui, já se consideram acrianos e adotam aqui como pátria. Não é a toa que nas minhas férias de fim de ano, eu lá, linda e loira sentindo a maresia do Atlântico ficava pensando, falando, lembrando e sentindo saudades daqui.
Então, era mais do que óbvio que não iria ficar na minha terra natal por muito tempo. O Acre tem um ímã que me atrai. Eu já tinha bebido da água do Rio Acre. Já sei falar cantado, “oh”. O por do sol daqui é uma maravilha. Rio Branco tem umas cores quentes, igual ao jeito acriano de ser, quente, principalmente no aspecto gostoso e bom da palavra – e não me lancem olhares de censura, nem moralidade fajuta.
Como diria um slogan por aqui “Aqui é o meu lugar”. Fiz aniversário aqui, uns foram ótimos, o último não foi tão bom assim, mas o que salvou foram os (meus) acrianos aparecendo lá em casa, e, mandando mensagem. Isso, me fez mais uma vez saber que vou ficar aqui, com ou sem governo que eu gosto, já determinei o local do dia do meu Fico. E, fico por aqui “mermo, maninha”.
Mas, às vezes é difícil ficar. Principalmente quando queremos alçar uns vôos à beira mar, em busca de sonhos. Sair dos lares é difícil.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Cenas de um Filme Frânces
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Meu pé de Limão Lima
Ontém me deu uma nostalgia danada do ontem, do antes de ontem, e do antontem. Nostalgia daquelas sardades brabas que serra com serrote o peito pra ficarmos uns dias amuados, num canto jogando com os pensamentos sobre os sentimentos mais profundos do coração.
Eita pé de limão resistente! Resistiu a essas crianças arrancadoras de sua seiva, a mudança do muro de lugar, a várias construções, mas não resistiu ao tempo que levou a infância das crianças. E o meu pé de limão lima, igual ao da estória famosa, que não foi doce como a laranja lima, mas doce como só os dias da infância podem ser.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Minha profissão é falar
Minha profissão é falar. Mamãe dizia, posso não ter aprendido a andar rápido, mas falar... Falava tanto que nem deixava minha irmã falar quando éramos crianças. Ela gesticulava e eu traduzia em palavras. Na verdade, muitas vezes não deixo as pessoas falarem com meus diálogos que mais são monólogos. Lógico, que não podia dar em outra, sou formada em comunicação, a arte de falar e ouvir. Tá certo que é muito simplório resumir o conceito de comunicação nisso, mas não quero aqui discutir conceitos acadêmicos. Quero mesmo é falar que quase nunca tenho problemas comunicativos sérios. Contudo, certas coisas importantes, ruins ou boas, enrolo, prolongo, delego, protelo, mas não consigo falar sobre elas...Olha que paradoxo.
sábado, 16 de abril de 2011
Algumas Verdades descobertas
Contexto: Finalmente depois de muita dedicação, estudo, falta de vida social, e stress... Apresentei minha monografia (final de ano passado, novembro). E o membro que representou minha família foi meu irmão caçula. Retornando para meu ex-apertamento, empolga, feliz e sem um milhão de quilos nos ombros após a apresentação, resolvo perguntar...
-Lucas, o que você achou da minha monografia?
-Ahhh....Legal...
-Não, Lucas, fala o que você achou, por favor.
-Ah, Manu...Que você esperou a faculdade para falar de todos os seus traumas de infância...
(Verdade)