sexta-feira, 8 de agosto de 2008

sábado, 7 de junho de 2008

O Pôr que põe mais do que o sol

(Foto by Manu Falqueto)

O Pôr do sol
ainda bem que ele chegou
E, esta semana terminou...


Sexta-feira de uma semana turbulenta.

Quem nunca parou para pensar?
Quem nunca parou para chorar?
Quem nunca parou só para esperar
esperar que tudo volte ao normal.
Que o ônibus chegue e nos leve bem para longe...
...longe da realidade...
...longe disso que faz um Ser não ser humano.
E nem foi longe.
Não pode ir,
os sonhos ainda esperam na realidade.
E o que fazer com a tristeza?

Apenas, pare, espere
olhe...
já já vai passar...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O melhor rémedio

Feche os olhos, faça uma loucura.
(Por menor que ela seja, faça!)

Sinta o vento. Sinta a vida!

O céu tá lindo hoje.
Existem os obstáculos, mas respire.
Encare tudo de frente e com um sorriso na alma.
A vida tem a estranha mania de sempre colocar toda
a imensa desordem que nos tirava o sono no lugar certo.
Lógico, que as coisas se ajeitam e desajeitam constantemente.
E já devíamos ter aprendido que sofrer por antecipação do que não foi:

É besteira...

Feche os olhos. Respire bem fundo. E ria!

Não existe melhor coisa para fazer com este céu lindo, com este céu estrelado, com esta vida.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Renovar-se

Depois das tempestades, sempre é bom sair
e respirar um pouco de ar puro.
E perceber que mesmo em meio ao vendaval algo resiste
e renova-se.
Mesmo que venha a morrer novamente,
A sua semente sempre estará lá.
Germinando depois de tempestades
Essa é a esperança.
É uma bela rosa vermalha.
Linda, mas com espinhos.
Com vida efemera, mas sempre nascendo novamente.



(foto by Manu Falqueto)

Welcome to the Jungle

Acho que nunca tinha me sentido assim, numa selva.
E, o pior nesta selva;
os animais nem se respeitam.
Acho que nunca tinha tido desejado de verdade que alguém sofresse.
Acho que sempre vivi numa bolha.
Quando cheguei à cidade estava deslumbrada.
Percebi tarde o quanto é selvagem conviver com as pessoas.
Depois de pensar atrocidades, comecei a me sentir selvagem, ou seja, desumana.


Welcome to the jungle

If you got no money honey
We got your disease
Welcome to the jungle
We take it day by day
If you want it you're gonna bleed
But it's the price you pay
And you're a very sexy girl
That's very hard to please
You can taste the bright lights
But you won't get them for free
In the jungle
Welcome to the jungle
Feel my, my, my, my serpentine
I, I wanna hear you scream
Welcome to the jungle
It gets worse here everyday
Ya learn to live like an animal
In the jungle where we play
If you got a hunger for what you see
You'll take it eventually
You can have anything you want
But you better not take it from me
(Guns n' roses: Welcome to the Jungle)

Estou cansada das pessoas, de como elas se tratam.
Estou cansada de tentar lidar com esse material humano
e perceber mais desumanidade do que humanidade.
Não falo de grandes ações,
são nas pequenas coisas no ato de nos relacionar
onde desanda.


sei que vou voltar a acreditar que um dia podemos salvar o mundo, mas hoje
só quero poder ficar um pouco triste

Chora menina


(foto by Manu Falqueto)


Chora menina
Chora pela mentira
Chora pela incerteza
Chora pela tristeza

Chora menina
Chora sozinha
Chora de saudade
Chora pela maudade

Chora menina
Chora de auto-piedade
Chora de desabafo
Chora de raiva

Chora, chora bastante
Chora. Porque como mamãe diz:
-Chora pra limpar o pulmão
e quem sabe o coração...

domingo, 11 de maio de 2008

52231



Cinqüenta e dois mil duzentos e trinta e um foi o numero do comprovante de inscrição do vestibular 2006 da Universidade Federal do Acre. Foi ele que achei hoje dentro de um livro. E ao desdobrar o papel e ver que se tratava do meu comprovante de inscrição, lembrei de algo.

“Na hora que segurei este papel, filha, senti que você ia conseguir realizar seus sonhos."


Impossível, conter aquela lagrima fugitiva que veio de um coração saudoso, revivendo uma cena inesquecível. Aonde uma mãe maravilhosa, acreditava na filha. Meu coração parou, abandonou todo o nervosismo, confiou, e chorou de alegria e tristeza. Dar passos é difícil e ao mesmo tempo recompensador. E com esta mesma lagrima e sorriso, hoje relembrei este momento.

Justo hoje, um dia assim, onde por motivos obscuros a mim, comemora-se o dia deste ser fenomenal que Deus enviou para terra para botar ordem e sentido na vida. Sei que este é mais um dia das mães longe de você mãe, mas como você diz, longe fisicamente, mas estaremos sempre unidas. Muito obrigada por não ser egoísta que nem eu e me educar para alçar estes vôos longe do ninho. Muito obrigada por existir, obrigada por ser esta mãe maravilhosa que você é. Obrigada por me abraçar todos os dias cedo, obrigada por me aturar, obrigada por me amar assim, obrigada por acreditar em mim, obrigada por estar sempre comigo. Obrigada por tudo, tudo, tudo mesmo. Meu maior sonho e desejo é um dia ser metade do que você é. Sempre digo a Deus o quanto fui privilegiada por crescer na nossa família, porque sem vocês sei que não seria nada do que sou hoje. Te amo muito.
Feliz dias das mães.

Feliz dias das mães a todas as mães!

p.s.

É um texto para minha mãe, e as minhas mães-tias, avós, amigas. Queria fazer uma mega homenagem onde todos ficassem sabendo o quanto vocês mães são espetaculares. Então, colocar alguns rabiscos aqui no blog foi o mais perto que cheguei. xD

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Síndrome da Preguiça Obsessiva

Não, este blog não é mais um na estimativa daqueles milhões de blogs que morrem todos os dias.

Não, também não abandonei meu blog, minha criança. Eu posso ter deixado de alimentá-lo por alguns dias, mas eis que ele surge das cinzas.

Tenho uma boa explicação, meu computador estava infectado por vírus e parece-me que a dona dele também foi contaminada. E por um vírus muito pior do que estes ex-habitantes do meu computador que impediam o acesso a determinadas paginas. Eu fui infectada pelo vírus da preguiça.

Sei gente, é contagioso, mas, por favor, não me evitem por causa disso. A síndrome não tem cura, mas pode ser contida com o coquetel de animo. E, estou tomando todos os dias doses de coragem e animo. Acreditem em mim, acreditem neste blog, afinal quem esta imune a Síndrome da Preguiça Obsessiva?

sábado, 29 de março de 2008

Diposta sim, preparada jamais...


Estive estando em mim
Estive pensando; no gosto do vento; na cor da alegria; e na tristeza da nostalgia.
Estive descobrindo como é bom viver velhas lembranças, meras e passadas lembranças. Às vezes é frustrante enxergar e encarar outra realidade. Mas, imaginem tamanho egoísmo impor aos outros ficarem presos às velhas lembranças, enquanto, ate eu, desprendi-me delas.
E bati de cara com outra realidade.
Estive viajando. Nas ondas de emoções para chegar à ilha de pensamentos e descobri que nada é certo, que nada sei e que sempre vou chorar e rir. Por que demorei tanto para entender o meu Sócrates - lírico?!
Estive re-entendendo o mudar e seus desafios espinhosos que me leva a olhar para cima, banhada pela fé no crescer, no alcançar e no melhorar. E, realmente as rosas aparecem à cima dos espinhos. É por elas – as quais talvez nunca toquemos, só sentiremos seu aroma , e vislumbrarmos suas cores. Elas nos levam a caminhar em meios de seus espinhos endurecidos de sangue. Talvez seja isso. A rosa do crescer se alimenta das lágrimas vermelhas derramadas de nossas alegrias e sonhos, por isso lutamos. Inutilmente? Não, não pense assim...
Estive confessando que erro. E, às vezes gosto de cometer incansavelmente certos erros. Deve ser porque não são tão errados assim... Bem, como já disse; não sei.
Estive lá onde as ondas explodem, estive ali perto do lá, mas onde a miséria insiste em querer consumir-me, estive acolá perto dos girassóis e estou aqui perto de mim.
Pronta para começar? Não, nunca! Nunca estarei pronta para nada. Assim é melhor, do contrario qual seria a graça se sempre estivéssemos prontos para tudo? A beleza das coisas é descobrir que não precisamos estar prontos para nada, apenas dispostos a viver.

p.s.
Muito obrigada mãe! Te amo muito!
Foto: by Manu Falqueto "As nuvens aveludadas"

segunda-feira, 17 de março de 2008

Cegueira Bendita


Ando perdida nestes sonhos verdes
de ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!


Não vejo nada, tudo é morto e vago...
e minha alma cega, ao abandono
Faz me lembrar o nenúfar dum lago
'Stendendo as asas brancas cor de sono...


Ter dentro d'alma a luz de todo mundo
E não ver nada neste mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!...


E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros te' à morte!

(Florbela Espanca)
p.s.

Estava à toa da vida, pensando angustiadamente em como controlar a corrente de emoções que brotavam do meu peito. Então porque não degustar um pouco das linda viagens proporcinadas pelos sonetos.
(foto- o caminho para Porto Velho- Manu Falqueto)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Paris Je T'Aime






Assim simples assim complicado é o amor. Às vezes pode ser mesmo complicado a tal ponto que sentimos que nada mais importa, só a complicação daquele momento, que por mais difícil que possa ser é apenas um momento. Contraditório? Não apenas simples e complicado amar.


Assim simples, o que senti, assim complicado de falar e escrever. Talvez se vocês assistirem “Paris Je T’Aime” possam entender.

Bem, não sou muito boa em fazer criticas de cinemas, mas deixo aqui um conselho, assistam. Um filme encantador, com varias e emocionantes histórias de amor.

domingo, 2 de março de 2008

Sorte do orkut

Bem, nem ia voltar a escrever hoje no meu abandonado blog, porque estava tentando refletir sobre meu talento para blogs, principalmente, depois de deixá-lo abandonado por tanto tempo assim. Enfim, hoje foi um dia cansativo no sentido literal da palavra, lavei roupa das sete e meia ate meio dia! Dormi muito e com nada para fazer resolvo ir para o orkut. No exato momento a única forma de comunicação virtual que ainda freqüento. Quando dou por mim, já tinha lido a sorte orkutiana, no inicio fiquei indignada comigo mesma. Pois há muito tempo parei de ler horóscopos nos jornais, porque se não acredito para que lê-los. Não acredito numa palavra da Veja e não a leio. Logo também não devia ler horóscopos.
Mas, de repente, me pego lendo...

Um grande homem sempre recebe a ajuda de outros grandes homens
Estranho?Estranho!

E foi isso. Não acho estranho as pessoas escreverem coisas sem sentido e acharem que é o máximo, porém achei estranho que estava sem sentido semântico, já que sou uma mulher, mas tinha significado. Como aqueles livros –Cem Anos de Solidão, Poemas de Neruda, digressões que Machado de Assis faz tão bem, ou o mundo de neologismos de Guimarães- que você entra numa realidade imaginária e ilógica, mas com sentido real.
Primeiro pensei: “Pode ser, sobre o estagio que estou tentando, eu, uma grande mulher sendo ajudada....” Mas nem me iludi muito com essa possibilidade, ate porque, não sou uma grande mulher, sou uma criança e por enquanto muito preguiçosa. Então depois de cinco minutos de reflexão profunda, eis que acho minha solução, hoje daqui a pouco umas sete da noite uma grande mulher vai ser ajudada com um chá beneficente, uma professora fantástica, com uma voz que parecia um sonífero para os não amantes da literatura.
Ela falava com uma paixão que só vi algumas vezes na minha vida. Mas, não sei se por admirar muito Clarice Lispector, acabou também com uma tragédia em sua vida. Seu marido suicidou-se. Mas lá vinha aquele tico de gente, com os cabelos curtos, loiros e às vezes enrolado, às vezes meio bagunçado. Ela era uma criatura impressionante, só conhecendo mesmo para tirar suas conclusões. A primeira vez que a vi pensei que fosse uma professora com um mau gosto terrível para se vestir, e olha que eu nem ligo muito para isso. E ainda por cima tive a audácia de pensar que ela era fútil, só porque essa criatura de inestimável conhecimento literário entrou na minha sala, para fazer uma campanha de ajudarmos a comprar uma cadeira de rodas para um cachorro! Como tanta criança passando fome, neste mundo. Mas fazer o que?! Quando tive aulas com ela, não passei a concordar com aquela campanha para animais, mas a respeitar, pois ela amava os bichos, e realmente, lutava por aquela que era sua causa.
E hoje ela não está mais aqui, acredito que esta viajando no meio da realidade literária, esqueceu-se um pouco do real, por quê? Não sei. Por medo, aquele medo que sentiu Dorian ao deparar-se com seu retrato¹. Ou talvez tenha se isolado do mundo exterior, assim como Orian, foi isolado por Albert Camus. Só que ao contrario da obra, a humanidade permanece nela². Ou então ela, foi engolida de vez pelo crocodilo, e começado a fantasiar que viver lá dentro lhe trará mais vantagens³.
Enfim, espero que sua loucura seja, um imenso passeio pelas grandes obras. Por que ela uma grande mulher, foi responsável por ensinar a muitos as belezas dessas terras e ilhas, chamadas de obras ou ate mesmo simplesmente de livros. Hoje, varias grandes mulheres se juntaram para ajudá-la a voltar para nossa realidade.

Notas:
¹Dorian Gray personagem de Oscar Wild, no livro O retrato de Dorian Gray. Ele é um homem com uma beleza imortal, ate o momento de encarar seu retrato que além de envelhecer por ele, também personificou toda a alma podre de Dorian.

²Orian, cidade do Livro de Albert Camus, A Peste. Essa cidade é atingida pela peste, e lá as pessoas ficam isoladas.

³Referência ao livro De Fiódor Dostoievski, O Crocodilo. Onde Ivan Matviéich é engolido por um crocodilo, e em vez de querer sair começa a articular e imaginar planos de viver com o crocodilo. Lógico que essa é apenas mais uma das metáforas excepcionais criadas por esse gênio da literatura.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Nos tempos da Laranja Azeda...

Quem não teve saudades levante a mão! Pois é assim mesmo, morremos de saudade. Saudade de um beijo, de um amigo, de um pai, mãe, avô, avó, temos saudades de um bolo gostoso, de um rio, de uma roupa, temos ate saudade de algumas encrencas que tínhamos nossos irmãos.
Então, eu como ser incrivelmente saudoso, com um potencial torrencial de lagrimas. Tenho muitas saudades de tudo e todos!
Meu apelido quando criança era laranja azeda não sei qual a relação, e agora contando ele a vocês me soa muito ‘nada a ver’, mas ganhei-o porquê só chorava. Era por uma tarefa que não conseguia fazer, era por um machucado, era porque eu não queria algo, ou porque queria, por um filme, era porque estava sozinha, era de alegria lá estava eu chorando. Eu simplesmente era uma Maria chorona ou como meu pai me chamava uma laranja azeda.
E hoje matando a saudade de uma coisa que enjoei de fazer em casa –almoço-, lembrei de uma coisa que nem voltando para Ji-Paraná, vai voltar. Para ser bem sincera, sei que nada vai voltar a ser como era antigamente, mesmo voltando agora para minha cidade, acho que talvez se voltasse no tempo poderia tentar.
Tive muita saudade de quando você tem seus sete para dez anos nos tempos que era chamada de Laranja Azeda. E todo dia acorda cedo para ir à escola e depois de se sujar no recreio, mesmo que você não tenha feito nada além de correr atrás dos meninos - no sentido literal-, mas esperando que aquele o qual as meninas da quinta namoraram, se apaixone por você. Tive tantas saudades daquela inocência, tive tanta saudade do meu medo de ser gente grande. Porque gente grande é tudo chato! Não come esquine, nem gosta de brincar de esconde e esconde, ficava um tempão vendo televisão e trabalhando, nem tinha tempo de subir em árvore!
Tive uma saudade imensa de conversar com o povo, o povo lá da escola. Não todo o povo, porque não tinha como conhecer todo mundo à escola era enorme para uma criança de menos de um metro e meio. Se bem que hoje não mudei muito, mas a escola já encolheu. E ficou com o espectro de uma menina com cabelo cortado chanel meio gordinha correndo pelos corredores com uma mochila pesada pelos livros, lápis de cor, tesoura, cola coloridas, folhas e mais folhas. Ela ficou lá, no coração daquelas salas, daquelas provas, daqueles teatros, daquelas bagunças, das guerrinhas de papel.
Parecia ate mágica, o sino tocava e em menos de cinco minutos a enorme escola ficava vazia, até os pedacinhos de giz eram levados por aquele menino. Ai que raiva! Ele acertava o giz na cabeça do outro menino e saia correndo empurrando todo mundo pelo portão. E lá fora...Ah, lá fora aquela imensidão de pontinhos vestidos tudo igual. Tinha os conversadores num cantinho do muro, as que sentavam no meio fio a espera do ônibus ou dos pais e estes demoravam mais que os ônibus, os que caiam porque saiam correndo e aquela briga... Juntava mais a criançada do que formiga atrás do açúcar no chão. E cada qual, aos poucos ia em busca de seu caminho para casa, seu caminho para a maturidade...
p.s.
Desculpa, o completo abandono.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pererecas, baratas e outras coisas

Não sou viciada! Nunca usei drogas, nem pretendo. Não fumo, bebo, ou uso qualquer outro tipo de tóxico! Mas assumo, sou uma dependente das pessoas que conheço e gosto.
E o ruim de morar só, não é a solidão dessas ditas pessoas importantes. O duro de morar só é não saber o que fazer em situação de código de risco e segurança máxima, ou melhor, é saber que você e mais ninguém vai ter que fazer algo diante de situações código de risco e segurança máxima.
Explico. Situações códigos de risco e segurança máxima são aquelas benditas coisas que sempre acreditamos que só acontecem com a gente mesmo. Por algum motivo misterioso e divino.
E algumas dessas situações aconteceram comigo aqui, sem ninguém para me socorrer.

Causo Um:
Um banho é sempre uma coisa boa, principalmente depois de um dia cansativo. Pois é, engano o meu quando cheguei ao meu MINUSCULO banheiro no segundo andar e dei de cara com uma perereca enorme! “Como aquilo tinha vindo parar ali?! Era o segundo andar! Pelo o que eu saiba pererecas não praticam alpinismo!” Mas, o duro não é a questão: sapo. Ate que não tenho muito nojo, desde que esteja com uma vassoura-espada ou um rodo-espada na mão. Mas enfim, estava como tinha vindo a terra. Olhei para ela e vi. Era uma daquelas enormes e intensamente verdes com manchinhas amarelas. Detalhe, meu professor da quinta serie, e algumas revistas que li dizem que esse tipo de perereca mata um ser humano, pois espira veneno!
“Meus Deus! Tinha vindo de Ji-Paraná para morrer envenenada por uma pererequinha!”. Estava decidida a abandonar navio. Olhei aquele mostro de cores vivas, puxei a toalha me enrolei e consegui sair ilesa do banheiro. E agora? Eu tinha que fazer algo! Matar aquele bicho, afinal ela invadia meus domínios! Peguei minha espada-rodo, parei diante da porta do banheiro, e travei, não consegui entrar. Gritei, mas ao contrario do que acontecia lá em casa, meu super-irmão não estava por perto para ir me salvar do mostro. E agora? Desci ao apartamento do meu vizinho-cavaleiro de armadura, e pedi socorro. Ele com sua luva –sacola plástica do Supermercado- encarou a fera, segurou firme nela e tacou o monstro para a grande e imensa selva.

Causo dois:
Adoro insetos!Desde que eles fiquem lá no canto deles bem longe da minha pessoa. Mas as coisas acontecem, e praticamente, quase sempre como não queríamos ou planejamos. Um dia lavando louça vi uma barata. Também não tenho medo delas, tenho sim muito nojo. Enfim, era uma. O que uma baratinha podia de fazer de mau pra mim? Eu, é que iria fazer mal a ela, pois já estava com o chinelo esmigalhando seu corpo em dois e varrendo para fora. Mas a vida essa sim é uma caixinha de surpresas! A barata que tinha matado ferozmente era uma grande líder política de movimento sindical no mundo das baratas, pois, a quantidade de baratas que achei depois em casa era assustadora, ao matar a sétima delas, comecei a me apavorar. Detalhe, na época meu apartamento não tinha moveis. “E se aqueles monstros entrassem no meu quarto e dominassem minhas roupas na mala, meu colchão no chão. E agora quem poderia me socorrer?” Sim, ele mesmo o melhor inseticida da prateleira do mercado. Fiquei horas lendo qual seria o mais venenoso para acabar com aquelas baratas. Enfim, com a arma sobre meu poder, cheguei em casa, passei pela pia e olhei elas lá sentindo-se donas do pedaço. Coitadas, mal sabiam do baratocídio que estava disposta a cometer. Mas, antes tinha que achar no meu eu interior uma força de mil leões para lutar contra aquelas baratas. Olhei meu rosto no espelho, encarei, respirei fundo, sai, fechei todas as possiveis saidas, abri o armário debaixo da pia, sabia exatamente aonde tinha que atacar. E ataquei, borrifei muito veneno, na cozinha inteira. Fui para o meu quarto ficar lá a postos caso alguma passasse debaixo da porta e também porque não poderia vê-las de um canto para outro agoniando e morrendo aos poucos e se alguma subisse em mim? Ecaaa! No meio da noite saio, olho, estão varias com os corpos parados no chão da minha cozinha, algumas ainda balançam partes das pernas na vã esperança. Aquilo parecia um cemitério. Limpei tudo, e pensei pronto passei por esta.

Causo três, a batalha sangrenta:
O nascer do dia é algo dignificante, mesmo quando não queremos acordar e temos que levantar cedo para ir a um estagio que você tenta sair desde o ano passado. A refeição mais importante é o café da manhã.
Inicio do mês ganhei um armário de cozinha, então soquei todas as minha louças que não são muitas mas por incrível que pareça lotaram aquele armário de boneca. Estava eu, lá, “super animada”, afinal, como não ficar animada quando se tem um artigo para terminar um trabalho para refazer que será apresentado na noite, e ainda tem que ir ao estagio, enquanto, todos os seres não-ufaquianos estavam de férias de fim de ano. Então, estava eu, lá, procurando minha leiteira. Quando me viro para a pia e vejo:
“Ah, não acredito, que meu lixo deu bichinhos NOJENTOS! Mas só tem uma caixa de pizza vazia...Vamos tacar esse lixo fora antes que empestei minha casa com essas coisinhas nojentas! Ah!”
Tarde de mais, ao tirar o lixo descobri muitos, e muitos. Decidi, tiro essa coisas, varro me ajeito e chego um pouco atrasada, mas chego no bendito estagio.
Grande ilusão era a minha, conforme ia limpando apareciam mais e mais. Teve momentos que desejei muito alguém perto de mim, tipo meu pai ou minha mãe. A cada bichinho que matava meu corpo estremecia, arrepiava de tanto nojo. E eram muitos! Foi uma manhã difícil. Achei que não fosse agüentar, mas toda hora que pensava em parar e chorar –como se fosse resolver algo- pensava:
Larga de ser inútil, Emanuelly, você tem tudo e ta limpando isso. E tem gente que vai comer lixo, que ta cheio disso.

É...depois dessa re-avaliei minha dependência nas pessoas e acho que tenho que amplia-la para quem realmente precisa de ajuda.

Um dia de férias





Medo. Medo de enfrentar meus erros.
Disposição. Disposição de tomar um avião e ir a Babilônia
Retomada. Retomada de desejos e vontades antigas.
Confusão. Confusão sobre minha profissão.
Coragem. Coragem para buscar algo indefinido, mas importante.
Preguiça. Preguiça que não me deixa levantar.
Vontade. Vontade de voltar no estado de euforia total.
Saudade. E quanta saudade da minha família...






quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Devaneios de uma neo-marxista

Bem, a vida da gente é estranha, mas muito boa de viver. Misterioso, divino como as coisas acontecem.
Num momento é quase impossível de pedir perdão, no outro se tenta reconstruir algo desmanchado. Mas é a vida. Sofremos muito por coisas inúteis, mas sofremos e pensamos aquela ser a maior dor.
Vivemos em busca de algo, ou entediando com a falta do algo.
Construímos relações, é tão facil conversar com alguns, enquanto, com outras não queremos nem nos aproximar . Por que será, hein? As diferenças são assim mesmo, unem e afastam as pessoas.
Fazemos realmente o que queremos da nossa vida, ou realizamos uma vontade que absorvemos como certa. Bem, o que importa. Na realidade se for assim mesmo, o que não duvido muito, estou feliz com as ideologias que plantaram em mim. Pelo menos elas buscam algo chamado felicidade.
Estranho como algumas pessoas entram na nossa vida.
Estranho como existem pessoas que não gostam da chuva, e ate algumas que amam o frio.
Estranho como achamos tudo que não é igual a nós de estranho.
Legal como gostamos de comer, de dormir e amar.
Difícil entender o conceito de vida, e tentar ensinar a alguns que deveriam fazer de outra forma, aproveitar mais a vida. Mas, se todos somos diferentes. Como vamos dizer que tal pessoa não aproveita a vida? No fim, acho que somos todos um bando de marxistas tentando viver um positivismo, por isso a estrutura social esta assim de mau a pior.
Não conseguirmos fazer nada sem pensar conforme o que acreditamos, e ainda teimamos em buscar uma apostólica moral capitalista “neutra” que no fim nada mais é do que a projeção dos valores de alguns exploradores sobre os oprimidos.
E estranho, magnífico, cômico, triste, maravilhoso como que por mais que fracassemos nunca perdemos a na esperança...

sábado, 5 de janeiro de 2008

Todos os filhos de Francisco

Interessante, hoje, digitando um maldito artigo. É que não consegui a inspiração. Então, ele ainda é maldito, quando conseguir terminar-lo vai ser lindo.
Mas, como estava falando:
Interessante, eu aqui, decidida a não assistir novamente “Os dois filhos do Francisco”. Ouço na sala meus pais rindo e se emocionando com o filme. Se formos olhar “cinematograficamente” é uma produção com grana, um filme nem tão cheio de efeitos, ou qualquer plano seqüência de deixar os cinéfolos extasiados. É um filme comercial afinal.
Mas, a risada dos meus pais fez sair do computador e querer ficar perto deles. E o incrível, foi que por mais comercial, simples, e sertanejo que seja esta história, o roteiro fez meus pais rirem, porque assim como a maioria dos brasileiros eles sofreram isso. O roteiro não é apenas uma ficção é parte das suas histórias.
Meu avô veio do nordeste somente com a esperança de trabalhar para sustentar as duas filhas e a mulher. E na rodoviária de São Paulo, não teve que cantar não tinha o dom, mas pediu esmola para não passar fome. Trabalhou de operário de fabrica a pedreiro grande parte de sua vida. E, agora, aposentado não pode aproveitar, pois, a vida judiou muito de seu corpo e a saúde é idosa.
Assim é a vida dos brasileiros. Assim como meu avô, eles os brasileiros cultivaram um sonho na terra da fome. E dos seus sonhos foram apenas construtores. Entretanto, sobreviveram felizes sem dinheiro, sem celulares, sem quartos decorados, sem carros, liquidificadores, computadores ou qualquer desses confortos. Mas sobreviveram com o que eles consideram mais importante; a dignidade.
Hoje, não existe mais aquele rádio ainda de madeira na casa do meu avô aonde ele ouvia esse sertanejo raiz, mas existem as marcas dessa vida sofrida para uma pessoa que só queria constituir/alimentar uma família e passar valores.
Inicio de ano, e acredito que na minha rua muito pais assim como os meus devem estar conversando com este filme, com o coração apertado, lembrando como foi com eles, como seus pais sofreram tanto e lamentando por essa juventude pós-coca-cola não ter noção disso.
Essa é a vida dos brasileiros de pés rachados pelo sol e a caminhada sofrida. E nós o futuro, que temos as oportunidades que eles não tiveram, mas se mataram para nos concedê-las, estamos aqui sem saber disso com nossos mp4 insatisfeitos, porque na ceia de natal teve de tudo menos o que eu queria. Enquanto, eles não tiveram o tudo nem o que eles queriam.
Que neste ano, nós jovens sejamos capazes de mudar algo.
Salvemos o mundo! Ajudemos esses brasileiros que existem aos milhões e nem sempre sobrevivem as durezas da vida. Não precisamos criar algo pomposo. Com pequenas ações nascem grandes mudanças, acredito que é a partir do nosso mundo que conseguimos mudar o grande.
p.s.
Esse texto era para estar aqui no dia primeiro, mas estava sem internet.