(enfeite na escada)
Abri uma exceção. Afinal, não posso deixar tão desatualizado meu blog. Incrível, agora ele ate parece uma plantinha. Às vezes, lembro de cuidar, mas sempre gosto quando ela floresce, fico orgulhosa de mim e dela. Mas, sem metáforas, vim falar descaradamente.
Primeiro, explico, porque abri uma exceção, sou fissurada, viciada, gamada, louca pelo natal. Acho que isso resume todas as coisas que sinto nesta época, e como me sinto feliz. O meu ano não acaba no dia 31 de dezembro. É no natal que sinto aquela sensação de tarefa cumprida e disposição para tudo de novo. Então, evito, terminantemente, estudar ou entrar na internet. Ate porque não sou uma pessoa que encara isso -ficar 24 horas no computador-, como diversão. Acho meio depressivo estar na frente do computador, enquanto, se podia estar convivendo com pessoas –desculpe quem gosta, eu não consigo. Portanto, me dou férias no natal e alguns dias depois dele. Mas, como expliquei na analogia, ali no primeiro parágrafo, com a plantinha, tive que vir rega-lá.
Sempre uso esta frase, e este ano ela cabe perfeitamente. Apesar dos pesares da vida, estamos todos bem. A vida é o que importa! Alguns engravidam, outros traem, vários choram e sofrem, meus castelos de inocência desabam de vez, mas, a vida continua e o que resta agora é juntarmos nossos pedaços e começar de novo. Esta, é a beleza da vida! O começar e o recomeçar.
Ta, explico: problemas em família. E antes da minha loucura por natal, amo minha família, até porque o natal sem eles comigo, seria uma grande possibilidade de suicídio, sem brincadeira. Neste natal não foi diferente, foi ate mais bonito, foi tudo aqui em casa. Eu pintei uma escada para fazer enfeite de natal (não estranhem, ficou bonitinha).
E como não podia faltar, a apresentação de natal, só que deste ano não fui eu quem fui a diretora, ou cuidei cenografia, ou fui o cara do som, ou a apresentadora, e a roteirista. Este ano, apenas, ensaiei e deleguei funções a minha querida "companhia de teatro"- são meus primos e irmãos. Mas faltou uma lôra aguada lá, para cantar conosco. Ela escolheu outros caminhos, e parece que esqueceu os antigos.
Teve amigo secreto, muita comida e sacanagem, eu preparei uma boa com meu irmão, teve sidra, porque pobre quando bebe champanhe, diz que é ruim e continua com a Sidra. E, ai que foi o mais difícil, faltou também um tio, que era muito legal. Até o dia dele sair do emprego e trair minha tia, mas apesar dos pesares ficou a saudade das suas brincadeiras.
Este natal foi formidável pode parecer contraditório. Mas este natal foi bom, porque aprendemos na pele a valorizar mais ainda nossa família, vi a mãe desconsola pela filha ausente, senti a tristeza da falta de um pai e marido, mas nos apegamos ao que tínhamos de melhor, a nós mesmos, ao nosso amor em Cristo Salvador, nos apegamos a vida e tivemos um feliz natal. Espero que todos vocês tenham tido um bom natal também.
-Miguelzinho rindo da bagunça-
(fotos: Manu Falqueto)