Por que não voltar a postar falando do
amor? E, por que não do nosso amor? Então, para começo de conversa quero deixar
vocês cientes de alguns detalhes. Não teve vela, corações pendurados, vinhos ou
taças, nem jantar, nem almoço, não foi num local especial,
não foi planejado nos conformes dos meus manuais (que sigo a risca) piegas das
declarações de amor.
Ele nunca planeja as coisas como eu, graças a
Deus. Afinal, já podia prever isso. São seis anos que vejo ele
decidir uma
semana antes se vai ir a um congresso lá no outro canto do país. Outro dia
fomos a Cuzco sem pacotes e passeios reservados. Corro riscos com ele, corro o
enorme risco de deixar essa minha mania psicótica por organização.
São tantas coisas que queria dizer, tantos
momentos que lembro. Igual a outros milhões de casais temos nossas histórias, mas cada um
as vive de forma diferente e nós também. Casais que estão começando suas histórias
assim como um dia nós também começamos a nossa. Casais que completam cinqüenta anos
juntos, assim esperamos chegar lá. Mas, no dia dos namorados fizemos seis anos e um mês
e você sem firulas ou cerimônias e mimimis românticos (sem desmerecê-las,
afinal gosto muito deles) me deixou sem palavras por um longo período. Nem
tagarelei no serviço. Verbos, adjetivos, conjunções, preposições, substantivos,
palavras e letras sumiram. Assim, fiquei o resto do dia. Não tinham nem coragem
de contar a boa nova, de falar “Amigos, finalmente consegui”, com medo de não
ser verdade. Nem olhava muito meus dedos vai que desintegrava entre meus dedos.
Fiquei assim mais mirabolante do que sou habitualmente por umas boas horas.
Você pediu, eu fechei os olhos. Estava pegando
sua motoca emprestada, saindo da varanda, na rua o sol era escaldante, afinal tínhamos
acabado de almoçar juntos, enquanto eu te inquiria que nem inquisidora porque
você está querendo passar o fim de semana longe de mim, falando que não ia te
dar presente e todas as minhas baboseiras de namorada ciumenta. E, você falou
fecha os olhos. Eu pensei: “hummm... vou ganhar a luminária azul...”.
Então abri os olhos e lá estavam eles. Forjados com o marfim da Amazônia,
jarina, e ouro. Dois círculos perfeitos. Lá estavam os anéis... Os nossos anéis
de noivado.
Você pode não planejar nossas férias como
quero, pode não me pedir em namoro, em noivado como eu, menina de filmes muita açúcar
e pouca água sonho, pode ter trocado de curso e estar pendurado em duas de
áreas distintas. Mas, sei, ou melhor,
sinto um plano seu: ficarmos juntos para sempre.
Eu te amo. Obrigada por existir na minha vida.
Um comentário:
Vida minha, pessoa mais importante do mundo, sem palavras.. te amo demais! ;D
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