sexta-feira, 21 de junho de 2013

Nosso Dia dos Namorados




Por que não voltar a postar falando do amor? E, por que não do nosso amor? Então, para começo de conversa quero deixar vocês cientes de alguns detalhes. Não teve vela, corações pendurados, vinhos ou taças, nem jantar, nem almoço, não foi num local especial, não foi planejado nos conformes dos meus manuais (que sigo a risca) piegas das declarações de amor.

Ele nunca planeja as coisas como eu, graças a Deus. Afinal, já podia prever isso. São seis anos que vejo ele 
decidir uma semana antes se vai ir a um congresso lá no outro canto do país. Outro dia fomos a Cuzco sem pacotes e passeios reservados. Corro riscos com ele, corro o enorme risco de deixar essa minha mania psicótica por organização.

São tantas coisas que queria dizer, tantos momentos que lembro. Igual a outros milhões de casais temos nossas histórias, mas cada um as vive de forma diferente e nós também. Casais que estão começando suas histórias assim como um dia nós também começamos a nossa. Casais que completam cinqüenta anos juntos, assim esperamos chegar lá. Mas, no dia dos namorados fizemos seis anos e um mês e você sem firulas ou cerimônias e mimimis românticos (sem desmerecê-las, afinal gosto muito deles) me deixou sem palavras por um longo período. Nem tagarelei no serviço. Verbos, adjetivos, conjunções, preposições, substantivos, palavras e letras sumiram. Assim, fiquei o resto do dia. Não tinham nem coragem de contar a boa nova, de falar “Amigos, finalmente consegui”, com medo de não ser verdade. Nem olhava muito meus dedos vai que desintegrava entre meus dedos. Fiquei assim mais mirabolante do que sou habitualmente por umas boas horas.

Você pediu, eu fechei os olhos. Estava pegando sua motoca emprestada, saindo da varanda, na rua o sol era escaldante, afinal tínhamos acabado de almoçar juntos, enquanto eu te inquiria que nem inquisidora porque você está querendo passar o fim de semana longe de mim, falando que não ia te dar presente e todas as minhas baboseiras de namorada ciumenta. E, você falou fecha os olhos. Eu pensei: “hummm... vou ganhar a luminária azul...”. Então abri os olhos e lá estavam eles. Forjados com o marfim da Amazônia, jarina, e ouro. Dois círculos perfeitos. Lá estavam os anéis... Os nossos anéis de noivado.


Você pode não planejar nossas férias como quero, pode não me pedir em namoro, em noivado como eu, menina de filmes muita açúcar e pouca água sonho, pode ter trocado de curso e estar pendurado em duas de áreas distintas. Mas, sei, ou melhor, sinto um plano seu: ficarmos juntos para sempre.

Eu te amo. Obrigada por existir na minha vida.