domingo, 13 de março de 2011

Do horroso aos belos Girassóis de Van Gogh

(Ao longo da sua vida Van Gogh fez sete telas com girassóis)

Não sirvo para escrever, e está é minha sina. Se eu professasse o islâmismo diria, que este é o meu carma. E nem sei porque estou aqui ainda dando murro em ponta de faca.
Foi desde cedo que soube, jamais seria um gênio em qualquer arte que admirasse. Mais precisamente foi um trauma de infância... Não, tem tanto, estava mais para uma observação e analise muito pertinente. Dessas analises que só fazemos na nossa infância. Lá determinei que seria mais uma ilustre desconhecida. Foi na infância que jurei para mim mesma que seria uma pessoa anônima, daquelas bem normaiszinha.
Abandonei, ali naquele momento na doce e pura infância, qualquer possibilidade de ser um gênio em algumas das artes. E a culpa foi de VanGogh! Aquele miserável, até porque ele realmente morreu pobre nu com a mão no bolso, ou seja, um miseravel de fato. E pior, morreu e nem era famoso! Só mais tarde foi reconhecido grande pintor. E vamos e convenhamos para uma baixinha gordinha que queria ser top model (acreditava demais nos incentivos maternos), ai foi minha primeira desistência. Então pensei, sou gorda e feia tenho que ser inteligente, mas dava tanto trabalho tinha que ler muito. Entãooooo, pensei vou ser artista (ou seja pobre e sem noção de realidade)! Fiz minha mãe me matricular no curso de pintura do sesc da minha pacata cidade.
Foi quando deixei de lado o mundo das passarelas e abracei de fato a pintura que conheci MARI, um elemento amável, professora da aula que me tornaria um gênio das cores. Mas, Mari não se conteve com a função que lhe tinha destinado, ela foi mais longe. Disse que um pintor, meio gay, meio com crise constante de identidade, um tal Van Gogh, tinha arrancado a própria orelha. Ahhhh!!! Para tudo!!! Neste momento, minnha racionalidade infantil juntou A+B, e concluiu, gênios são completamente MALUCOS! Sem fama em vida, muito infeliz e piradão. Porque pensa comigo, NINGUÉM em sã consciência, de bem com a vida, arranca a própria orelha. Imaginem o que Bethoven daria por essa orelha??? E sem contar que seus girassóis na real, na real, eram horrorosos. Coisa distorcida, esquizofrênica.

E foi na inteligência do desflorar da juventude (poético, né?) que passei a achar lindo o feio. Passei a reconhecer a importância do contexto social de criação das obras, impressionistas, expressionistas.
Então, foi assim devido a este episódio que acabo de contar pra vocês que decidi não investir nessa vida de gênio, ser apenas normalzinha, mas com as duas orelhas no lugar. Não preciso pirar o cabeção com questões que as personalidades geniais tem, ele são muito pessimistas, não tem uma vida com o foram “felizes para sempre”.
Mas, mesmo assim, contrariamente, passei minha pré-adolescencia frequentando escolinhas de arte, de teatro e finalmente a faculdade de jornalismo. Acho que pra ver se ficava boa em algumas dessas artes, mas abandonei todas. Só não a faculdade, viu mãe? Sua filha vai ser alguém na vida, mesmo que jornalista.
E para os leitores atentos de disciplinados manuais de redação jornalística confirmaram o quanto não sei escrever. Então, você que já deve estar quase se descabelando de raiva perguntando; porque escrevo ainda? Ah...Quem sabe...Quando Van Gogh olhou seus girassóis, não disse, “Que coisa horrível! Não sei pintar! Vou contar minha orelha.” E hoje, essas telas valem milhões. Afinal, García Márquez não gostava tanto da sua escrita como revela na obra “Viver para Contar”. E, Eistain não reprovou na escola? Esperanças meus amigos, é a ultima que morre. E, é mesmo. Você pode morrer primeiro, mas ela não.

terça-feira, 8 de março de 2011

Criações de Carnaval



Inspirada no carnaval...